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2º Edição- Revista Café com Produtor 

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 Artigos

Intensificação sustentável é realidade no agro brasileiro

O Brasil é o único país no cinturão tropical do globo que foi capaz de conquistar a posição de potência agrícola.

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Tecnologia no Campo
Tecnologia no Campo

 Quinta-feira, 05 de janeiro de 2017    11:41:01

 

TECNOLOGIA NO CAMPO

Brasil desenvolve tecnologia para despoluir ambiente a partir do bagaço da cana

Agrolink

(Foto:Reprodução)

 

Um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo, o Brasil estuda um destino sustentável para o bagaço produzido pela indústria sucroalcooleira: a produção de carvão ativo que possa ser utilizado para a descontaminação da água e do ar. Em estudo pelo Laboratório  Nacional de Nanotecnologia (LNNano), ligado ao CNPEM – Centro Nacional de Pesquisas em Energias e Materiais, o carvão ativo é uma alternativa economicamente viável, até 20% mais barata, e com a mesma eficiência, se comparada aos produtos importados já existentes no mercado.
 
O objetivo da pesquisa é utilizar resíduos agroindustriais abundantes no país para aplicações ambientais. De acordo com dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a produção brasileira de cana na safra 2015-2016 ultrapassou as 666 mil toneladas, das quais 368 mil foram produzidas no estado de São Paulo. Deste total, aproximadamente um terço consiste em bagaço que é obtido após o processo de moagem da cana nas usinas. “O resíduo da indústria sucroalcooleira abre caminho para o desenvolvimento de um material avançado com propriedades antibacterianas quando associado a nanopartículas de prata, sendo um excelente material na remediação ambiental”, explica o pesquisador Diego Martinez, do LNNano.

 

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A pesquisa teve início a partir de uma demanda feita por uma usina nacional, que utiliza o bagaço de cana para geração de energia elétrica. O resíduo gerado na queima, bastante rico em carbono, passou a ser utilizado para a fabricação do carvão ativo.
 
No Brasil, carvões ativos são empregados em grandes volumes para a remoção das impurezas da água, por exemplo: para um município com 1 milhão de habitantes, a estimativa é que seja utilizada 1 tonelada de carvão ativo por dia para o tratamento de água. “O grande problema é que existe uma dependência do Brasil do mercado exterior para a obtenção desse produto. Se pensarmos na questão cambial, nosso sistema comercial fica muito fragilizado. O carvão produzido aqui pode ser até 20% mais barato que o importado”, enfatiza Mathias Strauss, do LNNano. No exterior, o carvão ativo é proveniente de madeira, ossos de animais ou casca de coco.
 
Através de uma cooperação bilateral firmada por meio do Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia (CBCIN), o carvão produzido a partir da biomassa da cana já está em teste em Shangai, no país asiático. “O material está sendo utilizado em testes de descontaminação de ar, para por exemplo a despoluição do ar nos túneis da cidade, que sofrem com grandes congestionamentos - os carros ficam muito tempo parados gerando gases tóxicos. Esse ar passa por um tratamento para minimizar os danos para os motoristas”, elucida Strauss.
 
De acordo com os pesquisadores do CNPEM, o carvão ativo feito a partir de bagaço de cana já tem maturidade suficiente e deve estar disponível para o mercado em um prazo de cinco a dez anos.
 
Inovação
A pesquisa desenvolvida pelo Laboratório Nacional de Nanotecnologia, além de dar um destino mais sustentável e rentável ao resíduo gerado a partir da cana-de-açúcar, também tem caráter inovador por estudar a possibilidade de utilizar nanopartículas de prata associadas ao material. As nanopartículas são conhecidas na literatura por promover atividades antimicrobianas e que podem ser associadas a capacidade de absorção de contaminantes dos carvões ativos.
 
A inovação encontra-se em análise pelos pesquisadores, que buscam entender qual é a relação estabelecida entre as nanopartículas de prata no carvão ativo de bagaço e o meio ambiente. “A avaliação proativa dos riscos de nanomateriais é uma nova abordagem que a nanotecnologia está trazendo. Estes estudos estão sendo conduzidos no CBCIN e com a colaboração da Embrapa Ambiente. Preparamos o material ao mesmo tempo que já pensamos nos seus potenciais efeitos toxicológicos e riscos ambientais”, finaliza Martinez.

 

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Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2016 10:36:45

 

MEIO AMBIENTE

Pesquisadores vão avaliar impactos da agropecuária sobre biodiversidade do Pantanal

Da Redação - Vanessa Alves

(Foto: Reprodução)

A Universidade do Estado de Mato Grosso e de renomadas instituições nacionais e internacionais irão desenvolver projetos inovadores na região do Pantanal para investiga os reflexos da expansão agropecuária, a perda da diversidade de comunidades de animais, na inter-relação entre planalto e a planície do Pantanal.

De acordo com os pesquisadores, apesar das ameaças de desmatamento e fragmentação de habitat, devido ao crescimento da agropecuária na região da Bacia do Alto Paraguai, não há estudos intensivos de média ou longa duração sobre a maioria dos grupos de seres vivos dessa região do Pantanal.

A equipe vai fazer expedições, desde a nascente do rio Paraguai até o Parque Nacional do Pantanal, que durarão cerca de 20 dias para as coletas dos dados. Serão pontos de amostragem a cada 50 km, onde serão realizados amostragens de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e botânica.

Os estudos buscam, não apenas dimensionar o quantitativo da diversidade biológica, mas compreender o funcionamento do ecossistema, buscando padrões dos processos ecológicos e indicadores de seus funcionamentos, principalmente em áreas fragmentadas e com influência de pesticidas.

Como conseqüência à expansão das atividades agropecuárias, trouxe altas taxas de perdas e fragmentação de habitats, alteração da taxa de dispersão de sementes e polinização, aumento da pressão de caça e pesca, acréscimo das cargas de efluentes nos rios, contaminação química, assoreamento dos cursos d’água e desequilíbrio na dinâmica fluvial. “Os efeitos dessas atividades promovem a erosão da biodiversidade em escala local e regional, visto que a diversidade biológica está diretamente ligada aos padrões e processos de um ecossistema”, explicou o professor Manoel dos Santos Filho, doutor em Biologia, há mais de 15 anos atuando com Ecologia de Mamíferos.

Já se sabe, por exemplo, que umas das principais consequências dessas atividades são os agrotóxicos que contaminam a biota. “Uma das pesquisadoras, a professora Áurea Regina Ignácio, irá avaliar justamente como as comunidades de vertebrados estão reagindo frente a essa contaminação. O foco principal são os insetívoros, aves, morcegos e pequenos mamíferos”, disse.

O Pantanal representa um complexo de áreas inundáveis, constantemente ameaçado pela degradação, especialmente nos planaltos e chapadões que o circunda. Assim é fundamental conhecer como as ameaças, isoladas ou em conjunto.

Saiba mais

O projeto “Erosão da Biodiversidade na Bacia do Alto Paraguai: impactos do uso da terra na estrutura da vegetação e comunidade de vertebrados terrestres e aquáticos” foi aprovado recentemente pelo edital Fapemat nº 037/2016, de apoio a Programa de Redes de Pesquisa. Serão três anos de execução. Além da Unemat, tem a parceria da Universidade Federal de Mato Grosso e Universidade de East Anglia (Reino Unido).

Também fazem parte os professores doutores Dionei José da Silva, Aurea Regina Alves Ignácio, Claumir Cesar Muniz, Maria Antonia Carniello e mestranda Olinda Maira Alves Nogueira.

O projeto proporcionará informações relevantes para a tomada de decisões e estabelecimento de políticas públicas, sobretudo com olhar especial para as duas únicas reservas ecológicas estabelecidas atualmente ao longo de todo o Pantanal, Estação Ecológica do Taiamã e Parque Nacional do Pantanal. 

Conheça outros projetos da Unemat, financiados pela Fapemat: https://portal.unemat.br/?pg=noticia/10484/Unemat%20aprova%2012%20projetos%20em%20Editais%20de%20pesquisa%20da%20Fapemat.

 

 

 

 


 

Quarta-feira, 23 de novembro de 2016 12:35:15 PM

 

TECNOLOGIA

Workshop na Aprosoja aborda tecnologia inovadora para análise de solos

(Fonte: Ascom Aprosoja)

Um pacote tecnológico focado na análise de solos será uma das principais programações durante o segundo workshop “Compartilhando conhecimentos de Gestão e Pesquisa”, que será realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), no dia 30 de novembro, em Cuiabá. 

Intitulado de Specsolo, o pacote tecnológico foi desenvolvido pela Embrapa Solos do Rio de Janeiro e iniciativa privada. Segundo a instituição, o Specsolo poderá revolucionar o mercado brasileiro por ter como vantagem a análise de amostras de solo de forma não destrutiva, rápida e econômica.  

Entre parâmetros que poderão ser inclusos, estão a fertilidade do solo (carbono orgânico do solo, pH, cálcio, magnésio, fósforo, potássio dentre outros) e a qualidade física (argila, silte e areia), que poderão ser analisados simultaneamente em apenas 30 segundos. A análise convencional, de acordo com a Embrapa, demora dias para revelar os mesmos resultados.

 

A apresentação da nova técnica, segundo o departamento de Pesquisa e Gestão da Produção de Propriedades da Aprosoja, vem agregar ao workshop. 

 

“O segundo workshop surgiu da ideia de divulgarmos os projetos de pesquisa financiados pela Aprosoja. Dentre os principais, está a Comissão de Fertilidade de Solos (CIAQAS), composta pelas instituições de pesquisa Fundação Mato Grosso e Universidade Federal de Mato Grosso, campus Barra do Garças”, explica a analista de projetos, Cristiani Bernini. 

 

Segundo a gerente de Pesquisa e Gestão, Cristiane Sassagima, uma das possibilidades é exatamente a padronização de análises de solo no Estado. “Foram três anos de pesquisa nas análises de solos e surgiram várias hipóteses de padronizarmos a metodologia de análise de solos para o Estado de Mato Grosso. Exatamente aproveitando este cenário, chamamos o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente para ministrar a palestrar desta nova tecnologia”, afirma. 

 

Mais informações – O segundo workshop “Compartilhando conhecimentos de Gestão e Pesquisa” será realizado no auditório da Famato, no dia 30 de novembro, às 14 horas. A entrada é gratuita. 

 

Fonte: Ascom Aprosoja

 


 

Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2016

TECNOLOGIA

 Uso de rãs para medir nível de agroquímico é produto de pesquisa Apta

Café com Produtor - Vanessa Alves

(Foto: Reprodução/Ilustração)

A Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta) da Secretária de Agricultura de São Paulo está desenvolvendo estudo onde utiliza ovos de rãs para medir o nível de agroquímicos no ambiente.

A pesquisa já realizada pelo Polo Regional do Vale do Paraíba em conjunto ao Instituto de Pesca (IP) irá complementar o teste que já é realizado em outros países utilizando rãs-touros como modelo experimental.

De acordo com a secretária, está espécie de rãs é criada comercialmente no Brasil e seus ovos podem ser encontrados em qualquer época do ano. O objetivo do estudo é uma análise dos ovos do anfíbio que mede o nível dos defensivos no ambiente, investiga se ele está presente em números capaz ou não de causar danos anamolios.

O uso dos ovos de rãs-touros é usado na pesquisa, porque quanto mais novos for o embrião, melhor é para analisar o efeito do produto sobre ele.

Informações da Secretária de Agricultura do Estado de São Paulo. 

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Terça-feira, 26 de Janeiro de 2016

 

TECNOLOGIA: Agronegócio, precisamos falar sobre os jovens urbanos

AgroEffective

Agronegócio, precisamos falar sobre os jovens urbanos

A tecnologia nos surpreende com novidades praticamente todos os dias. Da internet passamos para as redes sociais e nomes como Snapchat, Pinterest, Periscope, entre outros, já começam a entrar em um cotidiano como já estão os populares Twitter, Facebook e WhatsApp.

O agronegócio pouco tem acompanhado estas transformações. O lado bom é que talvez seja o último segmento da sociedade que vá deixar os tradicionais meios, especialmente pelas dificuldades que ainda existem com telefonia, banda larga, e outras tecnologias que ainda não chegam com tanta força lá no campo. No entanto, se circularmos pelas redes sociais mais populares, já é perceptível que existem grandes comunidades interligadas e trocando conhecimentos e experiências por elas.

Ainda há um tabu muito grande sobre o uso das redes sociais por empresas e entidades do setor, o que gera certa desconfiança em relação ao investimento nas novas formas de comunicação. A versão mais ouvida é de que o produtor não acessa com frequência estes meios. Mesmo que seja uma verdade, ainda falta lembrar que é preciso também se comunicar com o fora da porteira, e aí reside a grande dificuldade do meio rural.

É importante lembrar que as novas gerações, chamadas de Y e Z, estão entrando com força como formadores de opinião e de conceitos na atual sociedade e ainda há resistências no que diz respeito à imagem da atividade agropecuária, muitas vezes desenhada nas redes como uma força do mal, que polui, destrói e causa danos para o nosso planeta enquanto temos muitos exemplos positivos de que o jogo é outro, mas falta dizer isso em alto e bom tom.

Repetindo algo dito no início deste artigo, o agronegócio talvez seja o último segmento da sociedade que vai permanecer com os meios tradicionais, tanto pelas dificuldades de comunicação existentes no campo quanto pela formação de seu público. É imprescindível colar o informativo no mural da cooperativa ou associação, mas é preciso também se conectar com as novas realidades de comunicação, especialmente para falar com o urbano e as novas gerações.

Cabe a todos os gestores e responsáveis pela comunicação do setor fazer esta leitura e se reciclar a todo o momento para entender este fenômeno e utilizar todas as formas para todos os públicos. Precisamos sair do lugar comum e sermos mais amplos e que atinja a maioria, quebrando preconceitos e evoluindo na forma de se comunicar assim como a nossa agropecuária evolui constantemente.

Nestor Tipa Júnior - Jornalista, especialista em Marketing em Agribusiness. Sócio-fundador e diretor de Planejamento da AgroEffective Projetos Para o Agronegócio

 

 

Quarta-feira, 14 de outubro de 2015

 

NOVIDADES 

Avião solar não tripulado vai coletar dados atmosféricos de maneira inédita na Amazônia

Oliver Press

Avião solar não tripulado vai coletar dados atmosféricos de maneira inédita na Amazônia

Cientistas do Laboratório de Sistemas Autônomos da universidade ETH, de Zurique, na Suíça, vão coletar dados atmosféricos na floresta amazônica paraense de maneira inédita: usando um avião solar não tripulado. O equipamento –desenvolvido durante o doutorado de um estudante da ETH e batizado de AtlantikSolar– vai sobrevoar um trecho da floresta saindo de Barcarena em direção a Melgaço, onde fica uma parte da Floresta Nacional de Caxiuanã, no dia 22 de outubro.

O avião vai levantar, por meio de sensores, informações atmosféricas sobre ventos, umidade, temperatura e radiação em trechos da floresta antes nunca estudados. O voo do AtlantikSolar foi autorizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Cindacta IV de Manaus (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo).

Hoje, o Brasil coleta esse tipo de informação na floresta por meio de redes de estações meteorológicas de superfície e por meio de balões. “A Amazônia tem extensas áreas de floresta densa, fechada, cujo acesso é dificílimo e a logística é muito complicada. Por isso, a instalação de sensores de superfície e, principalmente, a sua manutenção, são um desafio muito grande e dispendioso”, diz Carlos Alberto Freitas, Gerente Regional de Belém do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), um dos parceiros locais do projeto.

Informações meteorológicas são importantes para entender a dinâmica da floresta. Muitos estudos já realizados na Amazônia mostram, por exemplo, que grande parte da umidade do Oceano Atlântico é transportada pelos ventos para a floresta amazônica, interage com os ciclos biogeoquímicos da floresta e continua sendo transportada até as regiões Sudeste e Sul do país, levando chuva. “Toda informação adicional passível de ser obtida permite que avancemos no conhecimento e nos possibilita compreender melhor como a natureza e a sociedade podem ser influenciadas pela variabilidade natural do clima”, diz Freitas.

Para os suíços, o voo servirá como um teste para averiguar a autonomia e a resistência da aeronave em condições climáticas diferentes das encontradas nas Europa. Todos os dados coletados no voo, no entando, ficarão a cargo do Censipam, que cuidarpa da disponibilização das informações aos parceiros. Os dados podem ajudar na condução de novos estudos sobre a região amazônica.

“Esse tipo de aeronave pode oferecer informações mais precisas e com maior qualidade do que as geradas pelos satélites, de forma mais rápida e mais barata, tornando-se uma boa opção para aprimorar o monitoramento em áreas de médio porte”, diz Philipp Oettershagen, doutorando do ETH Zurique e responsável pela aeronave.

Ele é coautor de alguns dos estudos científicos apresentados em conferências internacionais durante o desenvolvimento do equipamento. Só neste ano, a tecnologia foi apresentada na ICRA (International conference on Robotics and Automation), nos EUA, e no Field Service and Robotics Conference, no Canadá.

O equipamento também possui uma câmera de alta resolução capaz de criar imagens em 3D e em infravermelho, o que pode ajudar a encontrar pessoas e animais em situações de desastre ou de difícil acesso –como refugiados no mar.

Em teste recente, os criadores do AtlantikSolar já tinham conseguido uma autonomia de voo de 81 horas seguidas, de 14 a 17 de julho, na Suíça –um recorde mundial para aeronaves não tripuladas com menos de 50 kg. “Agora, a ideia é sobrevoar uma região completamente desconhecida”, diz Oettershagen. A longo prazo, os cientistas planejam cruzar o Oceano Atlântico –daí vem o nome do equipamento.

NA FLORESTA

O voo na floresta entre Belém e Caxiuanã, no Pará, deve durar cerca de sete horas e será inteiramente acompanhado de barco pelos cientistas e por alguns dos parceiros locais do projeto. As autorizações foram solicitadas pelo Censipam, que é um dos parceiros locais essenciais para execução do projeto, ao lado do Instituto Emilio Goeldi, a Universidade Federal do Pará, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e Secretarias do Estado do Pará.

O voo marca o fortalecimento de parcerias científicas e de inovação tecnológica entre Brasil e Suíça, por meio de novas colaborações e parcerias entre pesquisadores. "A Suíça não está vindo, está voltando a fazer ciência na Amazônia, depois de pouco mais de um século", diz Mayra Castro, diretora da Swissnex Brazil em São Paulo, referindo-se ao zoólogo suíço Emílio Goeldi (1859-1917), que chegou no Pará em 1894 para estudar o bioma local e acabou dando nome ao hoje Museu Paraense Emílio Goeldi.

Assista um voo: (em inglês): www.youtube.com/watch?v=8m4_NpTQn0E

 

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Segunda, 31 de agosto de 2015

 

Agricultura de Precisão: Avanço da tecnologia para o trabalho do campo conheça;

Café com Produtor - Vanessa Alves

A modernização e o avanço da tecnologia estão chegando até o campo e os trabalhadores e profissionais estão tendo que se adequar com essas mudanças. Um exemplo que está sendo utilizado pelo produtor, integrando esses avanços com a produção nas fazendas é o Sistema de Agricultura de Precisão.  Porém, esse sistema ainda é pouco conhecido, mais o que é Agricultura de Precisão?  Conheça mais abaixo sobre esse sistema.

A Agricultura de Precisão é, nada mais que o manejo integrado de informações e tecnologias fundamentado no conceito de que a variabilidades de espaço e tempo influenciam nos  rendimentos dos cultivos.  Visa o gerenciamento mais detalhado de todo o sistema de produção agrícola, não somente das aplicações de insumos ou de mapeamentos diversos, mais de todo o processo envolvido na produção.

As ferramentas que são utilizadas nos sistemas são instrumentos e sensores para medidas ou detecção de paramentos ou de alvos de interesses no agroecossistes, de geoestatística e de mecatrônica.

O sistema da Agricultura de Precisão não está relacionado somente ao uso de ferramentas de alta tecnologia, pois os seus fundamentos podem ser empregados no dia-a-dia das propriedades pela maior organização e controle das atividades, dos gastos e produtividade em cada área. Já pode se notar o emprego deste novo sistema em varias propriedades, exercendo atividades como divisão e localização das lavouras dentro das fazendas, na divisão dos trabalhos ou piquetes, ou até mesmo, na identificação de ‘manchas’ que diferem do padrão geral.

Entretanto, o objetivo central do sistema de Agricultura de Precisão é o aprimoramento da produtividade, da qualidade, do volume a ser produzido e da redução dos produtos para competir no mercado interno e externo. Tecnologia, planejamento e gerenciamento são os fundamentos da Agricultura de Precisão.

Que saber mais sobre a Agricultura de Precisão então veja o vídeo

 

 

 

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Sábado, 29 de agosto de 2015

 

Simulação computacional indica melhor época para plantar arroz

Novembro será o melhor mês para o plantio, pois haverá menor risco de a lavoura ter veranicos na fase mais crítica, o florescimento. Já as semeaduras que ocorrerem após novembro estarão sujeitas a pior distribuição de chuvas, o que pode levar à redução na produtividade.

Essas conclusões foram obtidas por meio de modelos de simulação, programa de computador que permite analisar de forma dinâmica a série histórica de dados diários climáticos (precipitação, temperatura e radiação solar), características de solos e da cultivar e prever possíveis cenários. A interação dessas variáveis permite avaliar os riscos climáticos, distribuição das chuvas, solo, crescimento e desenvolvimento de plantas, perdas de água para a atmosfera e demanda da lavoura por irrigação.

Com isso, é possível identificar e avaliar pontos fortes e fracos de forma relacional sobre a produção diante de diferentes cenários e indicar ações preventivas. Como exemplo, pode-se citar uma antecipação de plantio, a escolha de uma cultivar de ciclo mais precoce, semeadura em plantio direto, indicação da quantidade de água estimada para irrigação sem dano à produtividade da cultura e sem desperdício de recursos hídricos, entre outros.

A simulação computacional tem sido aplicada pelo pesquisador Alexandre Bryan Heinemann, da Embrapa Arroz e Feijão (GO), especialista em ecofisiologia de lavouras. A ferramenta, segundo ele, permite a realização de análises com muitas variáveis permitindo a visualização de cenários futuros próximos à realidade e assim orientar produtores a respeito das melhores épocas de plantio. Os resultados são divulgados por meio de publicações técnicas e artigos científicos .

No caso da análise do arroz para terras altas nos quatro estados estudados, a simulação evidenciou que plantar após novembro poderá não ser um bom negócio. "Nesse período, a probabilidade de o período de estiagem coincidir com a fase reprodutiva da lavoura é maior, o que resultará em redução da produtividade", explica Heinemann frisando que o estudo levou em consideração o ciclo médio das lavouras de arroz de terras altas de 110 dias.

Modelo adaptado ao Brasil

Para simular a safra de verão da rizicultura de terras altas nos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Rondônia, o pesquisador utilizou o modelo de simulação do arroz Oryza 2000, desenvolvido pelo Instituto Internacional de Pesquisa de Arroz (IRRI), Filipinas, e referendado pela comunidade científica mundial. No Brasil, o Oryza 2000 foi calibrado com dados sobre o manejo de lavouras e o crescimento de variedades desenvolvidas pela Embrapa.

Esse modelo de simulação foi também abastecido com informações meteorológicas regionais coletadas por mais de 30 anos em 51 estações climáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Além disso, foram levadas em conta as características de armazenamento de água por sete tipos de solo mais representativos da região de produção do arroz de terras altas e oito datas de semeaduras.

O trabalho evidenciou a importância do componente solo nos sistemas de produção. Entre as variáveis mais relevantes estão as características da estrutura do solo relacionadas à retenção de água, os chamados atributos físico-hídricos. "Esses atributos implicam variação da capacidade de armazenamento da água e aproveitamento da precipitação pluvial, refletindo em necessidades diferentes de irrigação", afirmou Alexandre Bryan.

"Durante a estação chuvosa, é comum nesses estados a ocorrência de estiagens. Essa condição, aliada às altas temperaturas e às características de retenção de água do solo, eleva a perda de água pela planta para a atmosfera, ocasionando a deficiência hídrica", informa Heinemann.

O pesquisador frisa que a simulação fornece uma estimativa climática, o que não significa que todas as localidades dos estados abrangidos pelo estudo tenham aptidão agrícola para o cultivo do cereal. Há situações como as relacionadas ao relevo, por exemplo, que podem indicar um melhor uso das áreas para outras atividades rurais.

Previsão do tempo

O pesquisador Alexandre Heinemann aconselha ainda que o produtor se municie com dados cotidianos de previsão do tempo que lhe informará sobre possíveis ocorrências de chuvas e outras que auxiliarão nas decisões a curto prazo. "São esses serviços meteorológicos que alertarão, por exemplo, sobre a ocorrência de granizo no dia escolhido pelo agricultor para fazer a semeadura", ilustra o especialista que indica o sistema Agritempo da Embrapa, com informações gratuitas em boletins, previsões e mapas meteorológicos.

O trabalho com o modelo de simulação para o cultivo do arroz de terras altas buscou abranger os principais estados onde o produto se faz presente. O pesquisador informa que essa ferramenta tecnológica encontra-se em evolução e ele está trabalhando agora na integração dos modelos de simulação de culturas agrícolas com os econômicos. Desse modo, será possível caracterizar os riscos de produção, desenvolver estratégias de adaptação de sistemas produtivos e subsidiar a formulação de ações de pesquisa, extensão rural e políticas públicas levando-se em conta a variabilidade do clima e mudanças climáticas.

 

Fonte: Embrapa Arroz